sábado, 29 de novembro de 2014

"Prática Preliminar Comum" Parte IV


Nós, temerários e duros de coração, a despeito de termos visto tantos sofrimentos ligados ao nascimento, ao envelhecimento, à doença e à morte,
Ainda assim consumimos no caminho da dissipação nossa vida humana, uma vida dotada de liberdade e abençoada pela oportunidade.
Dai vossa benção, para que nos recordemos continuamente da impermanência e da morte!

Porque não admitimos que as coisas impermanentes são inconsistentes, 
Permanecemos até agora apegados, aferrados a este ciclo de existência.
Ansiando pela felicidade, passamos nossa vida humana em sofrimento.
Dai vossa benção, para que o apego à existência cíclica se converta em seu contrário!

Nosso ambiente impermanente será destruído pelo fogo e pela água,
Os seres sencientes impermanentes deste mundo sofrerão a separação de corpo e mente.
As estações do ano: primavera, verão, outono e inverno nos dão exemplo da impermanência.
Dai vossa benção, para que o desengano surja das profundezas de nosso corações.

Ano passado, ano novo, lua cheia, lua nova,
Dias e noites indivisíveis instantes, todos são impermanentes.
Se refletirmos atentamente, perceberemos que também nós estamos face a face com a morte.
Dai vossa benção, para que nos tornemos resolutos em vossa prática!

Embora este corpo dotado de liberdade e abençoado com as oportunidades seja raríssimo de se encontrar,
Quando se aproximar o Senhor da Morte na imagem da doença,
Como estarão carecidos de compaixão os que, por não terem recebido os ensinamentos sagrados,
Retornarem desta vida com as mãos vazias!
Dai vossa benção para que o sentido da urgência cresça em nossa mente!




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