quinta-feira, 4 de junho de 2015

Zen Budismo




De um modo geral, os ensinamentos do zen criticam o estudo de textos e o desejo por realizações mundanas, recomendando, antes, a dedicação à meditação (zazen) como forma de experimentar a mente e a realidade de maneira direta. No entanto, o zen não chega a ser uma doutrina, o mestre chan chinês Baizhang, por exemplo, dedicava-se ao trabalho braçal em seu monastério e tinha, por lema, um ditado que ficou famoso entre os praticantes de zen:

 "Um dia sem trabalho é um dia sem comida."

De fato, o zen tem uma longa tradição de trabalho meditativo, desde atividades braçais até atividades mais refinadas, como caligrafia, iquebana e a famosa cerimônia do chá, além das artes marciais, às quais o zen sempre esteve ligado.

Essas práticas, porém, estão bem fundamentadas nas escrituras budistas, principalmente nos sutras Mahayana compostos na Índia e na China.

O zen não é um estilo de prática intelectual ou solitário. Templos e centros de prática congregam sempre um grupo de praticantes (uma sangha), e conduzem atividades diárias e retiros mensais (sesshins). Além disso, o zen é tido como um "estilo de vida", e não apenas como um conjunto de práticas ou um estado de consciência.

segunda-feira, 1 de junho de 2015


Se queremos ajudar os outros à eliminar falhas e desenvolver qualidades positivas, devemos ter certeza de pelo menos termos purificado nossa mente o suficiente para sermos capazes de beneficiá-los ao invés de apenas criticá-los. 
Temos que nos concentrar em nossos erros, ao invés de observar os erros dos outros.

sábado, 30 de maio de 2015

Impermanência



Os objetos compostos estão destinados a desaparecer, são impermanentes, momentâneos e provisórios. O mesmo acontece com o nosso corpo, mas com freqüência nos esquecemos disso, pois somos apegados a ele. Tomar consciência disso causa, para algumas pessoas, grande sofrimento. Aprender o que é a verdadeira natureza das coisas permite aceitar o fato de que nada existe em si e ajuda a compreender que a natureza do sofrimento é, ela também, efêmera, transitória e não tem existência em si. O que é muito animador quando deparamos com situações de vida difíceis e penosas ou quando passamos por provações.

sábado, 9 de maio de 2015

O que é a Mente?

A mente, ou consciência, está no coração da teoria e prática budista, meditadores vêm investigando-a e usando-a como um meio de transcender a existência insatisfatória e de atingir a paz perfeita. Diz-se que toda a felicidade, comum e sublime, é atingida pela compreensão e transformação de nossa própria mente.
Um tipo de energia não-física, a função da mente é conhecer, experienciar.
É a própria consciência. É clara por natureza e reflete tudo o que experiencia, assim como um lago calmo reflete as montanhas e florestas que estão ao seu redor.
A mente muda de momento a momento. É um continuum sem início, como um fluxo sempre em movimento. Momento-mental é o nome geral dado a totalidade de nossas experiências conscientes e inconscientes: cada um de nós é o centro de um mundo de pensamentos, percepções, sentimentos, memórias, sonhos- tudo isso é a mente.
A mente não é uma coisa física que tem pensamentos e sentimentos; essas próprias experiências são a mente. Por ser sem matéria, ela é diferente do corpo, apesar de mente e corpo serem interconectados e interdependentes. Este relacionamento explica porque, por exemplo, as doenças e desconfortos físicos podem afetar a mente, e porque as atitudes mentais, por sua vez, podem dar origem tanto à cura quanto aos problemas físicos.
A mente pode ser comparada a um oceano, e os eventos mentais momentâneos como felicidade, irritação fantasias e tristeza às ondas que sobem e descem sobre sua superfície. Assim como as ondas podem ser apaziguadas para revelar a calma das profundezas do oceano, assim também é possível acalmar a turbulência de nossa mente para revelar sua clareza natural.
A habilidade para fazer isto está dentro da própria mente, e a chave para a mente é a meditação.  

quarta-feira, 29 de abril de 2015

Precisamos Desapegar

Embora queiramos ser felizes o tempo todo, não sabemos como conseguir isso e estamos sempre destruindo a nossa própria felicidade gerando raiva, visões negativas e intenções negativas. 
Até em nossos sonhos, estamos sempre tentando fugir dos problemas, mas não sabemos como nos libertar do sofrimento e dos problemas. 
Como não compreendemos a verdadeira natureza das coisas, estamos sempre criando o nosso próprio sofrimento e problemas ao executar ações não virtuosas ou inadequadas.
A fonte de todos os nossos problemas do dia a dia são as nossas delusões, tais como o apego. Desde tempos sem início, porque temos sido tão apegados à satisfação dos nossos próprios desejos, executamos diversos tipos de ações não virtuosas – ações que prejudicam os outros. Como resultado, experienciamos continuamente diversos tipos de sofrimento e condições de infelicidade vida após vida, sem-fim.

"O apego é exatamente o oposto do amor.
O amor diz: quero que sejas feliz.
O apego diz: quero que me faças feliz."

sábado, 25 de abril de 2015

Disciplina

A disciplina é um dos fatores que contribuem para alcançar a iluminação com a meditação, o conhecimento ou a sabedoria.
Esses diferentes elementos são complementares.
A ausência de ética se traduz principalmente em um jeito de ser que prejudica os outros. Agindo assim, não apenas fazemos mal aos outros, mas também plantamos as sementes de nosso próprio sofrimento.
Devemos ter consciência clara disso a fim de desenvolver uma disciplina ética baseada no conhecimento e na sabedoria.
O aspecto mais elevado da ética é considerar que a felicidade de outrem é mais importante que a nossa.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

As práticas de um Bodisatva



1- Agora que você obteve um corpo humano dotado de liberdades e recursos,  uma grande embarcação tão difícil de encontrar. Para que você liberte a si e aos outros do oceano de Samsara, ouvir, refletir e meditar sem distração dia e noite é a prática de um Bodisatva.

2- Desejo por amigos espuma como água.  Raiva pelos inimigos queima como fogo. Na escuridão da estupidez,  você se esquece do que adotar e do que rejeitar.  Abandonar sua terra natal é a prática de um Bodisatva.

3- Abandonando lugares negativos, emoções perturbadoras diminuem gradualmente. Sem distrações,  atividades virtuosas aumentam naturalmente. Quando a mente se torna clara , a certeza no Dharma é nascida. Permanecer em solidão é a prática de um Bodisatva.